segunda-feira, 15 de maio de 2017

Dia da Famíia..

Parece sempre delicado falar de Família quando se trata de uma instituição... muitas vezes são essas as criticas que nos são feitas..."não funciona porque não é uma família"... E não, a instituição não é a família da criança que recebe, e é utópico pensar que podemos substituir a família...que a instituição esteja organizada em grande grupo ou em pequenas "unidades familiares", nunca será a família! Claro que existem várias definições de família e nem são precisos laços de sangue mas talvez esteja errado querer fazer da instituição uma família (pelo menos no sentido tradicional que damos à palavra família)... A família da criança (sejam quais forem as razões que levaram à institucionalização) não desapareceu e é preciso cuidado com o desejo de querer fazer da instituição a família da criança... Podemos sim (e devemos) zelar pelo bem-estar da criança, dar afetos, apoiar, escutar, e ajudar nesta nova fase da sua vida que parece, muitas vezes, assustadora. No entanto, se Família significar uma organização com regras e dinâmica próprias e em que todos os membros são igualmente importantes, então sim, SOMOS UMA FAMÍLIA :) A Psi.

segunda-feira, 8 de maio de 2017

Ser mãe...

Ontem celebrou-se o Dia da Mãe e é há sempre quem pense que é complicado comemorarmos estas datas na nossa casa mas é tudo muito claro :) Aqui não temos mães de sangue mas temos mães de coração, que cuidam, que se preocupam, que ralham quando é necessário e que dão apoio...sempre... E ninguém quer substituir as mãe biológicas que, por diversos motivos, não conseguem estar com as filhas neste momento. Acreditamos
que estarão quando puderem...até lá...estamos nós :)

sábado, 22 de abril de 2017

Amar-te e Respeitar-te...

No dia 19 de abril, fomos convidadas pelo CLDS 3G de ALmeida a participar numa atividade com o tema da Violência no Namoro, em Vilar Formoso. À chegada, entregaram-nos balões azuis (o azul é a cor do laço que representa a prevenção dos maus-tratos na infância) e fizemos uma largada antes de entrar no edifício. De seguida, assistimos à apresentação do projeto do Jimmy P que fala do tema da Violência no Namoro. Falou-nos do seu livro que contém três histórias diferentes sobre o tema e três canções da sua autoria. Tivemos a sorte de ouvir as três ao vivo. Após este momento, assistimos à representação das três histórias diferentes. No final, tirámos uma fotografia com o Jimmy P e com a equipa do CLDS 3G a quem agradecemos a oportunidade. Não podíamos vir embora sem o livro autografado pelo Jimmy P "para as princesas da serra". Foi uma excelente forma de iniciar um 3º período! Andreia.

sexta-feira, 21 de abril de 2017

Ser Psicóloga neste Lar que é uma Casa...

Sou Psicóloga em vários sítios com diferentes populações mas um deles é muito especial…já teve muitos nomes, agora chama-se Casa de Acolhimento mas já foi Lar de Infância e Juventude… isso mesmo trabalho com crianças e jovens em risco… Nunca imaginei trabalhar nesta área…sou de clínica e tirei o meu curso em França e lá o sistema de acolhimento é um pouco diferente, aliás bastante diferente até, não existem estruturas deste género, pelo que eu estava completamente a zero quando comecei há 13 anos atrás (ui o tempo passa mesmo depressa) …Iniciei a minha atividade a meio-tempo e devo confessar que nos primeiros meses andava um pouco perdida quanto às minhas funções, pois, se é verdade que atendia as meninas individualmente e até fazia avaliações, também as acompanhava noutras atividades como colónias de férias e passeios…a minha “neutralidade” foi, muitas vezes, posta à prova até que percebi que tinha que colocar um pouco de parte a teoria e “formar-me” a partir daquela nova experiência. Passados estes anos todos, já está tudo mais esclarecido e não, não faço psicoterapia com estas meninas…nem fazia sentido...tenho muitas funções nesta Casa…e também sou psicóloga claro...isso nunca deixo de ser! Sou Psicóloga na forma como falo com elas, na procura de estratégias mas na maior parte do tempo sou Cuidadora. É isso que fazemos nesta Casa, cuidamos de quem nos foi entregue (por tempo determinado tempo que por vezes quase parece infinito para elas…) Nem sempre é fácil, lidamos com sentimentos de revolta, de injustiça, não somos nós que tomamos a decisão do acolhimento mas somos nós que aplicamos…Aprendi a baixar as minhas expectativas, a ser menos rigorosa em relação a certos resultados (nomeadamente os escolares) … Quero acreditar que fazemos a diferença na vida destas miúdas e que conseguimos dar-lhes ferramentas para quando forem autónomas…se funciona sempre? Não claro e sabem porquê? Porque não fazemos camisolas, trabalhamos com pessoas e sim, de vez em quando, erramos e ficamos zangadas e frustradas mas depois recomeçamos tudo de novo no dia a seguir. A Psi.

quarta-feira, 19 de abril de 2017

quarta-feira, 12 de abril de 2017

No dia 11 de abril de 2017, as meninas da instituição, deslocaram-se até à Santa Casa da Misericórdia de Manteigas, para encenarem a Via-Sacra, junto dos utentes e colaboradores da mesma. As meninas protagonizaram as personagens, dando assim vida e maior relevo ao acontecimento. Cada menina encarou o seu papel e transmitiu de forma emotiva a celebração da morte de Jesus. Foi uma tarde diferente, onde para além do objetivo principal, as meninas tiveram oportunidade de estar perto de uma população mais idosa de Manteigas, sendo que o seu proveito foi bastante positivo. A instituição foi acolhida na Santa Casa da Misericórdia com muito carinho, o que agradecemos muito. Apesar do nervosismo e de algumas falhas, ficámos orgulhosas do resultado e do momento passado junto de outras pessoas. Também estiveram presentes os utentes da Afacidase e os meninos que frequentam o CATL. A atenção era muito e a emoção ainda maior! Esperamos poder repetir atividades parecidas em parcerias, pois, este convívio intergeracional é muito importante. Vânia Ferreira

terça-feira, 11 de abril de 2017

Hoje foi dia de Via Sacra...amanhã contamos tudo :)

A Dignidade...

No passado dia 5 de abril, o CLDS 3G da Guarda dinamizou uma palestra sobre Dignidade Humana. Após o visionamento do filme "The Help" (onde o tema do racismo está muito presente) houve um debate com a ajuda de frases alusivas ao tema. É importante que as nossas jovens possam refletir sobre estes temas e que se lembrem principalmente da conclusão a que todas chegaram: cada uma é responsável pela sua própria Dignidade! Nem sempre é fácil na adolescência termos as nossas próprias opiniões e tomarmos as nossas decisões...por vezes desejamos tanto pertencer a um determinado grupo que deixamos os nosso valores para trás e esquecemo-nos da pessoa mais importante: nós próprios!

terça-feira, 28 de março de 2017

O poder do NÃO...

A Educação deve ser uma das únicas coisas que vem sem manual de instrução… Um dia somos pais e temos que saber as respostas todas e tomar as decisões certas. E como todos trabalhamos e temos pouco tempo para negociações, dizemos, muitas vezes, SIM mesmo sabendo que era melhor ter dito NÃO. O Não leva a mais birras e chatices e ninguém gosta de contrariar os filhos, especialmente quando se passa tão pouco tempo junto deles. No entanto, eles só aprendem graças às regras e aos limites que lhes damos e para ilustrar o meu ponto de vista, deixo-vos um pequeno texto do Dr. Carlos Heckteuer (Médico Psiquiatra), intitulado “PAIS MAUS”. "Um dia, quando os meus filhos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva pais e mães, eu hei de dizer-lhes: - Eu amei vos o suficiente para ter-lhes perguntado aonde vão, com quem vão, e a que horas regressarão; - Eu amei vos o suficiente para não ter ficado em silêncio, e fazer com que vocês soubessem que aquele novo amigo não era boa companhia; - Eu amei vos o suficiente para fazer-vos pagar os doces que tiraram do supermercado, ou revistas, da papelaria, e fazer-vos dizer ao dono: "Nós tiramos isto ontem, e queríamos pagar". - Eu amei-vos o suficiente para ter ficado em pé, junto de vocês, duas horas, enquanto limpavam o quarto, tarefa que eu teria feito em 15 minutos; - Eu amei-vos o suficiente para vos mostrar, além do amor que eu sentia por vocês, o meu desapontamento e também as lágrimas nos meus olhos; - Eu amei-vos o suficiente para deixar-vos assumir a responsabilidade das vossas ações, mesmo quando as penalidades eram tão duras que me partiam o coração; - Mais do que tudo, eu amei-vos o suficiente para vos dizer NÃO, quando eu sabia que vocês poderiam odiar-me por isso (e em alguns momentos até me odiaram). Essas eram as mais difíceis batalhas de todas. Estou contente, venci... Porque, no final, vocês venceram também! E qualquer dia, quando os meus netos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva pais e mães; quando eles perguntarem se os seus pais eram maus, os meus filhos vão lhes dizer: “- Sim, os nossos pais eram maus. Eram os piores do mundo. As outras crianças comiam doces ao pequeno-almoço e nós só tínhamos que comer cereais, leite, torradas. As outras crianças bebiam refrigerantes, comiam batatas fritas e gelados ao almoço, e nós tínhamos que comer arroz, feijão, carne, legumes e frutas. Nossos pais tinham que saber quem eram os nossos amigos e o que nós fazíamos com eles. Insistiam em que lhes disséssemos com quem íamos sair, mesmo que demorássemos apenas uma hora ou menos. Nossos pais insistiam sempre connosco para que lhes disséssemos sempre a verdade, e apenas a verdade. E, quando éramos adolescentes, eles conseguiam até ler os nossos pensamentos. A nossa vida era mesmo chata! Nossos pais não deixavam os nossos amigos buzinar para que saíssemos; tinham que subir, bater à porta, para que os nossos pais os conhecessem. Enquanto todos podiam voltar tarde da noite, com 12 anos, tivemos que esperar pelo menos até os 16 para chegar um pouco mais tarde; e aqueles chatos levantavam-se para saber se a festa foi boa (só para verem como estávamos, ao voltar). Por causa dos nossos pais, nós perdemos imensas experiências na adolescência: nenhum de nós esteve envolvido com drogas, roubo, atos de vandalismo, violação de propriedade, nem fomos presos por crime algum. Agora, que já somos adultos, honestos e educados, estamos fazendo o melhor para sermos PAIS MAUS, como eles foram".” Não tenham medo de dizer que NÃO quando parece necessário porque o mais importante é o tempo que passamos com os nossos filhos e não os bens que lhes compramos ou as vontades que lhes fazemos. O truque, se existe algum, é ser firme nas nossas decisões por mais pequenas que sejam. Se ficou, por exemplo, decidido que não há guloseimas durante a semana, não vale ceder só porque o dia foi longo e que é “só uma vez”. Se há uma coisa que as crianças sabem é fazer das exceções uma regra! O importante não é se damos poucas ou muitas regras, é, apenas, cumpri-las porque se assim for, terão menos necessidade de dizer Não porque a criança sabe com o que pode contar. A Psi.

quarta-feira, 22 de março de 2017

Hoje comemora-se o Dia Mundial da Água...este bem tão precioso que temos a sorte de (ainda) ter em abundância...e quando já não for esse o caso? Será que cada um de nós pensa nisso quando desperdiça água??? Será que toda a gente fecha a torneira quando lava os dentes ou passa o gel no banho? Há muitas dicas para poupar água...alguém quer partilhar as suas connosco?

terça-feira, 21 de março de 2017

A Diferença...em versos...

Neste Dia da Poesia mas em que se comemora também o Dia Internacional do Síndrome de Down..lançamos um desafio (às nossas meninas e a todos os que gostavam de participar): Escrever uma ou várias quadras sobre a Diferença...é um tema muito presente na nossa instituição tendo servido de inspiração para a nossa última Festa de Natal! Ficamos à espera das vossas propostas ;) Ninguém melhor para ilustrar o nosso post do que o brilhante Mário Quintana ;)

quarta-feira, 8 de março de 2017

Dia da Mulher....o porquê de celebrar neste dia...

As histórias que remetem à criação do Dia Internacional da Mulher alimentam o imaginário de que a data teria surgido a partir de um incêndio em uma fábrica têxtil de Nova York em 1911, quando cerca de 130 operárias morreram carbonizadas. Sem dúvida, o incidente ocorrido em 25 de março daquele ano marcou a trajetória das lutas feministas ao longo do século 20, mas os eventos que levaram à criação da data são bem anteriores a este acontecimento. Desde o final do século 19, organizações femininas oriundas de movimentos operários protestavam em vários países da Europa e nos Estados Unidos. As jornadas de trabalho de aproximadamente 15 horas diárias e os salários medíocres introduzidos pela Revolução Industrial levaram as mulheres a greves para reivindicar melhores condições de trabalho e o fim do trabalho infantil, comum nas fábricas durante o período. O primeiro Dia Nacional da Mulher foi celebrado em maio de 1908 nos Estados Unidos, quando cerca de 1500 mulheres aderiram a uma manifestação em prol da igualdade econômica e política no país. No ano seguinte, o Partido Socialista dos EUA oficializou a data como sendo 28 de fevereiro, com um protesto que reuniu mais de 3 mil pessoas no centro de Nova York e culminou, em novembro de 1909, em uma longa greve têxtil que fechou quase 500 fábricas americanas. Em 1910, durante a II Conferência Internacional de Mulheres Socialistas na Dinamarca, uma resolução para a criação de uma data anual para a celebração dos direitos da mulher foi aprovada por mais de cem representantes de 17 países. O objetivo era honrar as lutas femininas e, assim, obter suporte para instituir o sufrágio universal em diversas nações. Com a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) eclodiram ainda mais protestos em todo o mundo. Mas foi em 8 de março de 1917 (23 de fevereiro no calendário Juliano, adotado pela Rússia até então), quando aproximadamente 90 mil operárias manifestaram-se contra o Czar Nicolau II, as más condições de trabalho, a fome e a participação russa na guerra - em um protesto conhecido como "Pão e Paz" - que a data consagrou-se, embora tenha sido oficializada como Dia Internacional da Mulher, apenas em 1921. Somente mais de 20 anos depois, em 1945, a Organização das Nações Unidas (ONU) assinou o primeiro acordo internacional que afirmava princípios de igualdade entre homens e mulheres. Nos anos 1960, o movimento feminista ganhou corpo, em 1975 comemorou-se oficialmente o Ano Internacional da Mulher e em 1977 o "8 de março" foi reconhecido oficialmente pelas Nações Unidas.

sexta-feira, 3 de março de 2017

E como a Quaresma não é só feita de peixe à sexta-feira, que tal aplicar estas ações? Hoje é dia de cumprimentar todas as pessoas que vemos:) Simples não é?
Testemunho na 1ª pessoa de uma das nossas jovens: No dia em que me chamaram e me disseram ‘vais para uma instituição’ eu fiquei apavorada, e podia jurar que aquele era o pior dia da minha vida. Foi complicado inicialmente, mas com o passar do tempo eu cresci e percebi sozinha que, apesar de não ter sido uma escolha minha, foi provavelmente a escolha mais correta para mim. O meu destino ficou traçado naquele dia. Tive que abdicar de tudo o que tinha, no entanto, coisas melhores vieram. Porque a vida é mesmo assim, tiram-nos algo, mas a seguir vem sempre algo muito melhor. Hoje tenho 19 anos, e apesar de ter saudades de casa, da minha família, posso dizer que encontrei nesta instituição pessoas amáveis que cuidaram e me protegeram, quando mais ninguém o conseguiu fazer. Hoje posso dizer que sou alguém com objetivos, porque tive comigo as pessoas certas que fizeram acreditar que eu realmente valho algo e que merecia mais do que costumava ter. Cresci longe da minha família, mas vivi perto de pessoas que fizeram estes anos valer a pena, e por isso posso afirmar que a minha casa é um lar!
Após uma longaaaaaaaaaaaaa pausa nas nossas publicações, estamos de volta!